novembro 04, 2011

O nome dela vai aqui.

Para muitas pessoas amanhã é o espacialíssimo dia de assistir Strokes. Para mim... talvez... também. Essa sensação em muito me lembra os meus 13 anos, na véspera de ir ao parque de diversões com os amigos da escola. E aquele leve frio na barriga de saber que aquele rapaz também iria... Essa sensação de véspera. De iminência. Mas hoje, felizmente, as coisas são outras! Verei Strokes! Uma palavra de língua inglesa que, entre outras coisas, significa Derrame Cerebral. Coisa que aprendi aos 16 numa aula à tarde de um querido professor de inglês. Essas que costumavam ser tardes coloridas, assim como os dias em geral. Nessa e em um montão de aulas como essa... Ela estava lá. E éramos leves. O peso todo parecia estar só nas provas e no vestibular. O peso todo era não ter peso. Naqueles dias entre os andares e as escadas e os corredores. E os risos e a monotonia. E depois entre as ruas e bares e avenidas. E eu que pensei em estar com ela amanhã cantando as músicas que tanto cantamos antes. E dançamos. E fomos. Mas hoje eu estou aqui nessa véspera fria. E a sensação é de esperar. Esperar perceber o meu amadurecimento. É gostar da minha companhia. É aproveitar todas as iminências de amanhã. Ser leve. E andar. E ver. E ouvir. E sentir o ar rarefeito. É cantar sem precisar dela cantando comigo. É chorar o quanto for possível. Não por aqueles caras que eu nem conheço estarem tocando as custas do meu dinheiro. E sim por ela. Pela amiga que eu perdi. Pela sensação de impotência. Pela falta que ela me faz. E pela falta que eu não faço a ela. Mas eu queria gritar a ela. Que eu a amo e a quero odiar. Eu quero que ela vá e seja feliz. Quero que ela me apague. Quero ser nada pra ela. Quero deixar de conhecer a fisionomia. Não lembrar da voz. Quero não saber que ela precisa se abaixar ligeiramente pra me abraçar. Quero que ela se esqueça que eu carrego um sorriso. Porque a louca e dramática sou eu. E não adianta... Eu queria voltar naquele dia em que fui buscar o ingresso na casa dela e gritar. E quebrar vasos. E chorar com medo de olhar nos olhos dela. Eu queria ter dito a ela o quão estúpidas somos. E ter entrego uma coleção com todos os "eu te amo" que eu disse a ela, com todas as vezes em que eu a procurei, e todas as vezes em que eu fui feliz por a ter conhecido. Eu não sei o quanto ela sabe que ela me importa. E que a minha adolescência foi cheia e cheia dela. Ela me detesta. E ficou cheia de mim.
E por agora
O que eu quero
Com todo o coração...
É só não ser porra nenhuma na vida dela. E só.



Vou dormir que amanhã é dia de cantar You only live once.

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