Cortaram o pé de amora
Aqui em casa eu não consigo ficar descalça
Há vento entrando por todas as janelas
O chão é frio
Mas eu tomo o café com gosto de afeto que o meu pai faz
Há um vazio na sacada do meu quarto.
Não há mais amoreira
Mas meu beijo chega até o rosto da minha mãe
E vão-se as amoras...
Ficam as tinturas no chão
Nas bochechas
As texturas da ausência
O doce da presença
O peito dentro do coração, o coração dentro do peito.
E vem... Dança comigo porque cortaram o meu pé de amora pelo pescoço.