Eis a verdade inventada que surgiu dos seus olhos quando dirigidos a mim
Eis a vontade, porcamente contida, de devorar esses seus mesmos olhos
Eis a voz, garganta abaixo, que quer lhe abrir os poros num grito que ainda nao veio
Eis o pensamento que não cessa
Eis o ar que não falta, mas que o coração, de tanta ânsia, mal consegue distribuí-lo ao corpo
Eis o corpo
Que aprisiona o pensamento saturado da vontade de tê-lo
Devorá-lo por inteiro.