junho 30, 2010

Correspondência

Corresponde.
Quando se responde a uma pergunta,
Inquietação.

Correspondência quando há uma relação de mão dupla
Vai e volta
Em sintonia
Ou talvez quase sintonizada.
.
É bom saber que se ama
E de uma forma ou de outra o sentimento parecer correspondido
Na simples resposta
Gostar.
.
Que as intensidades são mesmo distintas
Que as formas são mesmo pessoais
Mas que o essencial,
Essencialmente se corresponde.


junho 26, 2010

Coisas


Quando se tornam obrigações...
Eu as odeio.
Se tornam insuportáveis quando as tenho que fazer por simples costume
Por que o meu senso comum diz que é dessa forma.
Odeio o peso colocado nas costas
Ainda que talvez seja eu mesma que o coloco.
Mas não o deixo de odiar por isso.
Ainda que a palavra odiar seja um tanto quanto forte,
E muitas vezes eu a pode de meus discursos
Por hoje a quero enfatizar,

junho 24, 2010

Curso Superior de Audiovisual ♥

A vontade é enorme
O esforço tem que ser proporcional.





junho 21, 2010

Avó

O coração fraquinho
Quase se esquecendo de pulsar
Minha mãe segura a mão dela
Ela diz que já teve a minha pele.
A mão dela toda enrugada
Mergulhada na água há um bom tempo
A mão da minha mãe no intermédio
E a minha mão ainda no começo dessa sensação de tédio
Tédio da vida.

Minha avó perguntou,

Não sei se pra ela mesma ou se pra mim,
Por que ela ficou assim
E a responta que eu sei vó,
É uma só.
Aquela que todos nós sabemos
Mas não a quero lhe dizer
Não se faz necessário no momento.

Eu vi as pernas dela tremerem, se amolengarem
E deu medo.
Medo do certo da vida.
Aquele medo brutal
Do tédio da vida.

junho 18, 2010

De leve


Faz-me rir.
Faz-me gargalhar.
Faz-me apenas sorrir,

Com os lábios,
Olhos de leve amanteigados.
Faz-me pôr pra fora sinceridade
Faz-me ser quem gostaria
Faz-me estar ao seu lado muitas vezes sem estar de fato
Faz-me rir.
Faz-me gargalhar.
Faz-me acreditar
Seja lá no que for...
Faz-me pôr.
Faz-me ouvir,
Sem necessariamente escutar
Faz da brisa, ventania.
Faz.
Sem a mínima dúvida,
Faz em mim,

Aos poucos, moradia.

junho 15, 2010

Em tempos de Copa...




Meu pai me disse:


"Lembro dos meus doze, treze anos, quando a gente ouvia Mané Garrincha e Pelé na Copa... tudo no rádio! Não tinhamos a menor ideia dos rostos deles...
Eu não sabia nem que Pelé era negro."


Aproximadamente


Bons tempos, bons tempos aqueles amiga
Em que éramos mais ou menos puras
E não pensávamos em mais ou menos nada
Não que fôssemos puras
Ou que não pensássemos em nada
Mas estávamos no mais ou menos
Meio termo
Éramos jovenzinhos e nada mais
Meros jovenzinhos no passo do amadurecimento.
Mas quer saber amiga?
Bons tempos, bons tempos estes também
Em que já andamos com passos mais ou menos maduros
Mais ou menos sim!
Não amiga, não se espante
Cheguei à conclusão de que a vida é exatamente o meio termo
Então os bons tempos serão a vida inteira!
Continuemos então, amiga
Com nossos passos mais ou menos estáveis
Continuemos com o nosso mais ou menos apego à vida
Que ela se esvai num instante
E enquanto durar,
Eu sei,
Continuaremos sendo amigas.