outubro 29, 2012
cinza
saudade do cinza
do coração apertado entre os edifícios e no meio do metrô lotado
dos pulmões mal respirando o ar poluído com excesso de amor mas falta de demonstração.
saudade sincera do sorriso frouxo dos pais
e dos olhos ansiosos dos sobrinhos
saudade da convivência com os irmãos
e das amizades que andam em ruas desencontradas.
saudade da vó que se foi
mas permanece em afeto num quadro no meu quarto.
colorido.
outubro 06, 2012
peque
ele me chama de pequena.
e pede pra eu estar perto.
às vezes meus pequenos seios encostam no corpo dele.
às vezes ficamos ali.
às vezes avançamos.
e ele me chama de pequena.
e ganha minhas pequenas palavras, meus pequenos gestos.
às vezes eu gosto dele.
às vezes ele não tem graça.
às vezes eu gosto dele e me deixo ser pequena ouvindo o que ele fala.
e eu falo também.
e ele me ouve.
e me responde.
me chamando de pequena, mas me tratando como grande.
como importante.
ele me chama de pequena naquele carinho.
naquele afeto.
diminutivo.
e às vezes eu gosto tanto dele.
e que ele me chame assim.
"tá por ai, pequena?"
tô sim.
e pede pra eu estar perto.
às vezes meus pequenos seios encostam no corpo dele.
às vezes ficamos ali.
às vezes avançamos.
e ele me chama de pequena.
e ganha minhas pequenas palavras, meus pequenos gestos.
às vezes eu gosto dele.
às vezes ele não tem graça.
às vezes eu gosto dele e me deixo ser pequena ouvindo o que ele fala.
e eu falo também.
e ele me ouve.
e me responde.
me chamando de pequena, mas me tratando como grande.
como importante.
ele me chama de pequena naquele carinho.
naquele afeto.
diminutivo.
e às vezes eu gosto tanto dele.
e que ele me chame assim.
"tá por ai, pequena?"
tô sim.
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